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  • Crítica: O Lar das Crianças Peculiares


    O Lar das Crianças Peculiares conta a história de Jacob Portman (interpretado por Asa Butterfield), que após perder seu avô misteriosamente, viaja até Gales onde, a pedido de seu avô que sempre lhe contara histórias de sua infância num orfanato, encontra uma fenda temporal que o leva para o lar da Srta. Peregrine (interpretada por Eva Green) para crianças peculiares e a partir daí deve partir numa aventura para proteger as crianças e derrotar o terrível vilão interpretado por Samuel L. Jackson.


    O filme é uma adaptação do livro "Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares", do autor norte-americano Ransom Riggs. O filme se difere muito do livro, provavelmente quem leu o livro pode ficar um pouco decepcionado com o filme. Mas aqui vou analisar o filme independente do livro. E lembrando, se você é spoilerfóbico, veja o filme antes de ler a crítica.

    O filme é dirigido por Tim Burton, famoso por filmes como A Noiva Cadáver, Edward Mãos de Tesoura, Alice no País das Maravilhas (2010), A Fantástica Fábrica de Chocolate, etc. E nesse filme temos um Tim Burton um pouco mais leve em comparação a filmes anteriores. Há homenagens a outros filmes do diretor, por exemplo o uso de Stop Motion, porém a direção é bem superficial, apesar de um filme como este parecer perfeito para o diretor.


    Como de costume em praticamente todos os filmes de Burton, o visual do filme é belíssimo. A direção de arte é bem caprichada, os cenários são bem construídos, os figurinos são na maior parte do tempo impecáveis. Os efeitos especiais também são ótimos, o 3D do filme não é tão importante, mas há uma cena em especial que ele é bem utilizado e encaixou bem com a cena, sem parecer que a cena estava lá somente para o 3D.

    A edição do filme é eficiente na maior parte do tempo, mas há alguns momentos um pouco estranhos, cortes muito repentinos que podem gerar um pouco de confusão. A fotografia do filme é bem simples, o que ajuda são os cenários bem feitos.


    Sobre o elenco do filme. Asa Butterfield, não está ruim a ponto de incomodar muito, mas está extremamente apático, tem pouquissima expressão, cenas nas quais deveria parecer impressionado ele permanece com a mesma expressão que tinha no filme inteiro, ele parece apenas ter decorado as falas ao invés de realmente interpretá-las. Ella Purnell interpreta Emma Bloom, uma garota que é uma espécie de balão humano, ela se encaixou bem no papel, ela consegue transparecer que tem camadas a serem descobertas, porém há duas coisas que não a ajudam: Asa Butterfield, que ao contracenar com ela fica ainda mais apático, e o roteiro que não tem tempo suficiente para desenvolver a personagem.

    O resto do elenco principal que ainda conta com Hayden Keeler-Stone, Georgia Pemberton, Milo Parker, Raffiella Chapman, Pixie Davies, Cameron King, não estão ruins, mas o roteiro praticamente não desenvolve nenhum deles. O único que teve um pouco de desenvolvimento foi Finlay MacMillan que interpreta o ciumento Enoch juntamente com Lauren McCrostie que interpreta Olive, ambos possuem alguns diálogos interessantes a respeito de ciúmes e sentimentos, mas que devido ao tanto de coisa ficou mal desenvolvido.

    O vilão Barron é interpretado por Samuel L. Jackson. Muito se reclamou do fato do mesmo ser o único negro no elenco, e realmente faltar diversidade étnica entre os atores, porém acho super plausível, visto que o filme está ligado ao ano de 1943, em plena Segunda Guerra Mundial, período no qual seria complicado a ver um grupo que fosse realmente diverso etnicamente. Sobre a atuação de Jackson, achei semelhante a atuação que ele fez em Kingsman - O Serviço Secreto. Mas nesse filme o vilão ficou um pouco engraçado demais, o que atrapalha o espectador a vê-lo como uma ameaça.

    E por último mas não menos importante, Eva Green interpretando Miss Peregrine, e ela é a melhor personagem do filme. Há muita expressão na atuação da atriz, ela tem uma loucura controlada, é um pouco amedrontadora em alguns momentos, em outros é extremamente dócil, algumas cenas ela transmite muita coisa apenas com a expressão, é o papel de mais destaque no filme.


    Praticamente todos os problemas do filme giram em torno do roteiro do filme, escrito por Jane Goldman. Ele não tem nenhuma pressa em conduzir a história e há coisas demais para serem desenvolvidas nesse filme. Há a relação de Jacob com seu avô, há a relação do seu pai com seu avô, há sua relação com a Emma, e ainda existem todos os demais personagens do orfanato que tem pouquíssimo desenvolvimento. Em grande parte do filme fica a sensação de que algo melhor poderia ser feito com aquele universo, sempre parece que o filme vai melhorar, mas não é exatamente isso o que acontece, apesar de que eu particularmente achei o final até empolgante em muitos aspectos. Mesmo assim não é atoa que quem leu o livro sabe que a história é muito mais densa e até mesmo mais pesada. Isso também se tornou um problema no filme. Ficou transparecido que o público alvo era crianças no entanto há cenas bem pesadas envolvendo morte de crianças, em contrapartida há outras cenas que são bem infantis.

    No geral O Lar das Crianças Peculiares é um filme com um bom visual, mas que tem sérios problemas na maneira que conduz a história. Mas mesmo assim é um ótimo filme de entretenimento que futuramente pode render uma continuação melhor.

    Gustavo Matheus

    Resenha: Zane

    Zane Hudson.
    Motoqueiro.
    Músico.
    Tatuado.
    Quinn Armentrouth.
    Alta sociedade, luxo, glamour.
    Tudo no mundo para separá-los.
    Ele sabe o que é abandono.
    Ela já foi traída.
    Uma ex perseguidora.
    Um ex que não aceita perder.
    Eles pertencem a mundos diferentes.
    Mas nem por isso a química entre eles é menor.
    A atração é explosiva, instantânea.
    Uma mãe que abandona...
    Outra que repreende.
    Percalços.
    Sexo, romance... amor.
    Essa paixão seria forte o suficiente para mantê-los unidos?

     Para os que acompanham o blog, já está meio que na cara que eu sou apaixonada pelos livros da editora charme, principalmente pelo fato delas trazerem para mim esses homens lindos e maravilhosos. E hoje eu venho trazer a resenha de um dos livros que com certeza está no meu Top 10 de favoritos do ano.

    No livro acompanhamos a historia de Zane e Quinn, ambos se conhecem em um bar, ela levou o bolo de um amigo e fornecedor e ele acaba a ajudando quando um homem começa a segui-la, mas mesmo sentindo uma atração muito grande nada aconteceu, mas por obra do destino ambos acabaram se vendo novamente por causa do trabalho e dessa vez se entregam ao desejo. E mesmo tendo uma noite maravilhosa, Zane acaba saindo de mansinho a noite, o que acaba chateando a Quinn, mas o desejo que ambos sentem é enorme e isso acaba os fazendo se ver mais vezes. Contudo, quem não gosta nada disso é Camille, uma ex-namora de Zane, que começa a insulta-la e a fazer ameaças a ambos, e isso juntamente com uma série de fatores vai fazer a vida do casal bem agitada. Mas a pergunta que não quer calar é: eles vão conseguir ficar juntos?


    "E foi quando o ar realmente abandonou os pulmões de Quinn. Aquela voz era inconfundível. Então ela se virou, de queixo caído, para encarar a personificação de seus sonhos mais eróticos, a apenas alguns passos de distância dela. E não podia estar mais sexy." 

    Zane é um homem forte, tatuado, musico, mecânico, motoqueiro, apaixonante e várias outras que me fizeram o adorar. Ele no incio é bem fechado, tenta não se envolver com a Quinn porque teve seu coração destroçado no passado, mas assim que começa a se envolver mais, vê que ela é completamente diferente da ex e que pouco a pouco ela o está conquistando. Com certeza ele entrou na minha lista de personagens favoritos, pois ao mesmo tempo que é bruto ele é romântico, e está sempre se preocupando com o bem estar da amada.

    Eu confesso que no incio eu achei que a Quinn seria daquelas protagonistas que seria cheia de frescuras, mas no decorrer do livro eu a conheci melhor e a achei incrível. Ela é bem segura, independente, corre atrás do que quer e mesmo sendo rica não tem frescura, o que fez contar muitos pontos comigo.

    Camille é a ex do Zane, ela é conhecida de Quinn e ficou louca assim que o viu com ela, começou a fazer ameaças para tenta os separar. Ela está presente em boa parte do livro, mesmo não aparecendo, ela é citada, pois ela fez parte do passado conturbado de Zane.

    Infelizmente não achei que os personagens secundários foram bem aprofundados, gostaria de ter conhecido um pouco mais das amigas de Quinn e dos amigos do Zane, mas só não fico triste porque sinto cheiro de outros livros no ar, e algo me diz que os protagonistas vão ser alguem que já conhecemos rsrs.

    "Sim, era fato. Estava se apegando rápido demais a ela e uma vozinha lá em seu interior lhe advertia par que se preservasse."

    A leitura do livro é uma delicia, eu comecei a o ler depois do almoço e no final da tarde já o tinha terminado. A capa pagina lida eu ficava mais ansiosa para saber qual o destino que o casal ia tomar, o que a Camille iria fazer e também as cenas quente eram de tirar o folego!

    Como sempre a Editora Charme caprichou na edição, a diagramação interna está linda, todas as páginas são acinzentadas, as letras estão de um tamanho médio e a capa condiz muito com o personagem principal, mas eu não achei ela muito atrativa, pois não seria uma capa que me chamaria a atenção em uma livraria.

    Eu recomendo a leitura para todos que adorem um livro de romance bem quente e com uma historia envolta de suspense e com personagens maravilhosos.


        Editora: Charme || Autora: Patricia Rossi || Páginas: 365 || Skoob || Onde Comprar











    Resenha: O Demonologista



    Capa vermelha com uma textura diferenciada e um desenho de uma cruz no meio de uma coroa, a lombada gasta faz parecer que o livro possui uns 300 anos, dentro, imagens em preto e branco de demônios e de rostos em sofrimento. A primeira sensação é a de lidar com algo proibido e perigoso. Assim começa a experiência com O Demonologista.

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    A narrativa conduzida em primeira pessoa, nos apresenta David Ullman, um professor universitário que leciona sobre mitologia e narrativa religiosa, sendo que sua paixão e especialização é o Paraíso Perdido de John Milton. David Ullman é um ateu que procura explicações lógicas em qualquer manifestações ditas como sobrenaturais. No começo do livro sua vida pessoal passa por turbulências. O protagonista está se separando de sua esposa, depois de descobrir que ela mantinha um caso extraconjugal. Apaixonado pela filha (Tess) teme que a separação cause um distanciamento com ela.

    David Ullman recebe uma proposta de trabalho duvidosa e tentadora de uma mulher misteriosa. Em troca de uma alta bonificação financeira ele deverá ir até Veneza (Itália) e testemunhar uma determinada cena. Ao saber que poderia levar um familiar aceita o caso. Viaja com sua filha, em sua mente ele testemunharia a cena e depois teria todo o tempo para estreitar os laços e aproveitar a companhia de Tess. O planejado não se concretiza e sua vida cai em um turbilhão inexplicável. O seu método racional de avaliação será posto em prova.

    Em livros de aventura, normalmente temos um protagonista que deve aprender algo ao longo da jornada. Em um livro de terror o protagonista deve sobreviver. Vemos David Ullman sendo quebrado pelos acontecimentos que o cerca. Fantasmas do passado surgem com mais força para arrasta-lo a escuridão.

    O livro apresenta uma proposta excelente, mas algumas coisas em sua execução me incomodaram.

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    O acabamento que a Darkside confere é sensacional, a experiência começa antes da leitura, mas surge como uma faca de dois gumes. Esperamos encontrar uma leitura de dar medo, capaz de surgir como a maior obra de terror já feita. Meu primeiro conselho a quem for ler é diminuir as expectativas.

    A narrativa em primeira pessoa nos impediu de criar conexões e até de saber mais sobre outros personagens. Durante a história fica a sensação de que algo impactante e grandioso está por chegar, mas nunca chega. Acredito que o terror psicológico também poderia ser melhor trabalhado. Essa minha visão pode ser resultado da alta expectativa que criei antes de começar a ler, as vezes, se eu tivesse lido sem expectativas eu teria ficado mais impactado.

    Ainda assim indico o livro, principalmente aos fãs de terror e suspense. Apesar dos contratempos foi uma obra que gostei bastante de ler.


      Editora: DarkSide || Autor: Andrew Pyper || Páginas: 328 || Skoob || Onde Comprar


                                                                                                                                            Alex da Silva