Resenha: O Coração da Esfinge

Lily Young achou que viajar pelo mundo com um príncipe egípcio tinha sido sua maior aventura. Mas a grande jornada de sua vida ainda está para começar.
Depois que Amon e Lily se separaram de maneira trágica, ele se transportou para o mundo dos mortos – aquilo que os mortais chamam de inferno. Atormentado pela perda de seu grande e único amor, ele prefere viver em agonia a recorrer à energia vital dela mais uma vez.
Arrasada, Lily vai se refugiar na fazenda da avó. Mesmo em outra dimensão, ela ainda consegue sentir a dor de Amon, e nunca deixa de sonhar com o sofrimento infinito de seu amado. Isso porque, antes de partir, Amon deu uma coisa muito especial a ela: um amuleto que os conecta, mesmo em mundos opostos.
Com a ajuda do deus da mumificação, Lily vai descobrir que deve usar esse objeto para libertar o príncipe egípcio e salvar seus reinos da escuridão e do caos. Resta saber se ela estará pronta para fazer o que for preciso.
Nesta sequência de O Despertar do Príncipe, o lado mais sombrio e secreto da mitologia egípcia é explorado com um romance apaixonante, cenas de tirar o fôlego e reviravoltas assombrosas.

Eu tive uma experiencia muito positiva com O Despertar do Príncipe, que é o primeiro livro da trilogia Deuses do Egito e estava ansiosa para poder conferir a continuação, apesar de alguns comentários negativos em relação ao comportamento da protagonista. A resenha pode conter spoilers do livro anterior.

O Coração da Esfinge começa um pouco depois do fim de O Despertar do Príncipe, quando Lily volta pra casa e tenta seguir a vida mesmo depois de tudo que passou, mas ela começa a se encontrar com a Amon nos sonhos e descobre que ele abdicou de seu posto como protetor do Cosmo e saltou para o além, um lugar onde monstros e almas perdidas vagam sem rumo. Com isso Anubis aparece em seu quarto e pede sua ajuda, pois se Amon não voltar para seu posto, tudo vai estar perdido. Mas antes dela entrar no além ela vai ter que passar por uma série de enigmas e desafios para se tornar uma esfinge, uma criatura meio leoa e meio mulher, coisa que nenhuma mortal já conseguiu.

“Ver o nascer do sol é abraçar a vida. O por do sol é onde você vai encontrar a morte.”

  

A Lily nesse livro está diferente, isso é fato, mas eu entendo que no primeiro livro ela ainda estava em choque com tudo que estava acontecendo e nesse ela já tem consciência das coisas ao seu redor e da realidade que vive. Sem falar que ela foi separada do cara pelo qual ela é apaixonada e vai ter que virar uma criatura mitológica para o salva e salvar o universo, isso meche com qualquer um.

Quem não mudou foi Amon, ele continua tão apaixonante quanto antes e ainda quero ele pra mim (Lily que se cuide), mas não temos a presença dele constantemente e quem aparece mais são seus irmãos Asten e Ahmose, mas todos são incríveis e maravilhosos. Contudo, uma coisa que me surpreendeu foi conhecer um pouco mais da historia de Asten e saber tudo o que ele passou, eu nunca imaginaria que ele teria outra faceta e de certa forma uma historia trágica, com tudo o que descobri passei a o ver com outros olhos. 

Quem merece destaque na historia é Tia a "outra parte" de Lily, ela me causou sentimentos diversos, em algumas partes ela me divertia muito com seus comentários, mas eu não gostei de quando ela começou a se sentir atraída pelo Asten, tudo bem que eu adoro ele, mas o Amon ainda é o melhor par para a Lily e toda essa jornada é pra salvar ele, então eu acho que não tem sentido um triangulo amoroso, do meu ponto de vista a Lily deve ficar com o Amon e o Asten comigo, #prontofalei.

"Se fracassarmos, pelo menos lutamos para nos livrar das amarras que nos foram impostas. Ninguém  pode nos censurar  pela tentativa que fizemos de nos tornarmos algo mais. 

A leitura do livro foi muito boa, está certo que em algumas partes meu coração ficou apertado com as coisas que acontecia, mas isso só deixou a historia mais emocionante. Na minha opinião a autora não perdeu a mão na hora de escrever e os personagens parecem mais humanos do que nunca, com medo, raiva, arrependimento e amor. Talvez isso não agrade algumas pessoas, mas eu gostei de ver isso no livro, acredito que deu um toque especial. 

A parte física do livro está bonita, a capa segue a mesma linha da anterior, com detalhes que remetem ao antigo Egito e olho no centro também. A parte interna possui folhas amareladas e uma fonte de tamanho médio que facilitam muito a leitura. 

      Editora: Arqueiro || Autora: Colleen Houck || Paginas: 367 || Skoob || Buscapé