Resenha: A Última Camélia

Às vésperas da Segunda Guerra Mundial, o último espécime de uma camélia rara, a Middlebury Pink, esconde mentiras e segredos em uma afastada propriedade rural inglesa.
Flora, uma jovem americana, é contratada por um misterioso homem para se infiltrar na Mansão Livingston e conseguir a flor cobiçada. Sua busca é iluminada por um amor e ameaçada pela descoberta de uma série de crimes.
Mais de meio século depois, a paisagista Addison passa a morar na mansão, agora de propriedade da família do marido dela. A paixão por mistérios é alimentada por um jardim de encantadoras camélias e um velho livro.
No entanto, as páginas desse livro insinuam atos obscuros, engenhosamente escondidos. Se o perigo com o qual uma vez Flora fora confrontada continua vivo, será que Addison vai compartilhar do mesmo destino?

Em "A Última Camélia" acompanhamos duas historias paralelas mas que possuem uma ligação. A historia de Flora se passa em 1940, uma época em que a Segunda Guerra Mundial estava prestes a eclodir, ela é uma jovem de boa família, porém seus pais já estão cansados de tanto trabalhar na padaria da família e as dividas que eles tem só aumentam. Então um homem que Flora nunca viu antes aparece na padaria e a oferece muito dinheiro para fazer um trabalho para ele, no inicio ela hesita mas logo aceita o serviço.

Posteriormente ela descobre que terá que se infiltrar na mansão de um Lord como babá de seus quatro filhos e procurar uma Camélia muito rara, a última de sua especie e quando a encontrar ela deve ligar para ele imediatamente e depois sera paga. O problema é que quando adentra a casa percebe que ela tem segredos sombrios guardados e também começa a se apegar as crianças que tinham acabado de perder a mãe, e tudo isso só torna mais difícil ela fazer o trabalho. 

Já em 2010 temos a historia de Addison, uma paisagista que tem um passado complicado e que para fugir dele resolve junto com o marido passar uma temporada na mansão que seus sogros acabaram de adquirir, mas quando chega lá ela encontra uma governante que trabalha lá faz tempo e parece que tem muito a esconder. Resolvida a investigar o passado daquela casa e de seus morados ela começa uma busca pela historia local e descobre que várias jovens desapareceram naquela região no período de 1940 e com isso tenta fazer a ligação entre a casa, Flora e as mulheres que desapareceram. 

"Eu havia sentido uma vibração no momento em que coloquei os pés naquela propriedade mais cedo, uma certa presença que pairava em cada porta que rangia, em cada vendo que soprava do jardim e assobiava pelas janelas..."

A Flora desde o inicio foi uma personagem que me agradou bastante, ela sempre se mostrou muito preocupada com seus pais e quando começou a trabalhar na mansão, se apegou as crianças e se mostrou uma ótima pessoa, sempre tentando as ajudar e compreender o que elas sentiam. Ela é muito corajosa, carinhosa e prestativa, sempre pensando nas outras pessoas antes dela. 

A Sra Dilloway trabalhou na mansão na época da Flora e é a governanta quando Addison vai residir na casa, desde o inicio ela é misteriosa, sempre muito séria e contando o minimo de informação possivel.

O Lord Livingston é o proprietário da casa e pais das crianças, ele é um homem sério e que não tolera muitas brincadeiras e tudo só piorou depois da morte de sua esposa, Lady Anna. Ele é bem recluso e quase não se comunica com os filhos e quando o faz é sempre em um tom formal, como se tivesse falando com um desconhecido. 

Os meus queridos nesse livro foram as crianças: Abbott, Nicholas, Katherine e Janie. No inicio eles são bem complicados, mas no decorrer da historia eles vão se abrindo e você percebe que no fundo eles só sente falta de ter atenção.

Vindo para o ano de 2010 temos a Addison que foi um personagem interessante, ela tem um passado um tanto conturbado e que de nenhuma maneira quer contar para seu marido, mas seu ex-namorado vem a chantageando e faz com que ela fique bem receosa com tudo. Eu não morri de amores por ela, achei que faltou alguma coisa em sua personalidade, mas tenho que admitir que ela foi essencial para algumas descobertas.

"Você não pode mudar as escolhas de seu coração. Receio que esse fato seja a grande tragédia da minha vida."

Esse foi um livro que me surpreendeu bastante, eu não havia lido a sinopse então acreditava que iria encontrar um livro de romance, mas qual foi a minha surpresa ao me deparar com um suspense daqueles que deixam seu corpo todo tenso?  

Eu o peguei para ler a caminho da faculdade e foi com muito custo que o deixei para assistir as aulas, então a primeira coisa que fiz quando cheguei em casa foi continuar a leitura. Nessa altura do livro eu já me encontrava totalmente dentro da historia e junto com a Flora e a Addison tenta desvendar os segredos daquela casa. 

A leitura do livro em tudo possui um ritmo muito legal, mas o melhor na minha opinião é o desfecho em ambas as historias, principalmente na parte da Flora, meu coração chegou a mil quando terminei de ler o último capitulo narrado por ela.

A edição do livro está bonita, a capa combina com a historia, mas de certo modo não achei ela tão chamativa. As folhas são amareladas e as letras são de um tamanho bom para a leitura, o que não cansa a vista e não encontrei nenhum erro de tradução. 

  Editora: Novo Conceito || Autora: Sarah Jio || Páginas: 320 || Skoob || Compre aqui