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  • Entrevista: Kate Willians

    Olá pessoal, tudo bem?
    Já faz um tempinho que eu não apareço aqui com um post desse, não é? Confesso que estava morrendo de saudades de poder apresentar a vocês mais um desses autores incríveis. Então, sem mais delongas, lhes apresento Kate Willians.




    1- Se apresente, fale um pouco sobre você.

    Olá meu nome é Kate Willians sou escritora, tenho 21 anos e três obras publicadas: Distopia, A fada madrinha e Hunter - O Caçador de monstros. Gosto de me aventurar pelos mais diversos gêneros literários ao escrever, portanto meus livros, apesar de terem o cunho fantasioso sempre transmitem diferentes mensagens aos meus leitores. Escrever é a minha vida, literalmente, já que foi a escrita que me curou da depressão aos 15 anos de idade. 


    2- Nos conte sobre seus livros. Como a historia deles surgiram?

     Distopia surgiu para participar de um concurso em agosto de 2015. Escrevi o livro em um mês após me dar conta do prazo para o prêmio Bang da Literatura, criado pela editora Saída de emergência, de Portugal. A fada madrinha surgiu após uma inspiração repentina e o desejo de escrever e recriar um conto de fadas moderno que seria também o meu primeiro chick lit e Hunter, o meu mais novo projeto foi criado após uma importante reflexão que fiz dos heróis e vilões da literatura. 


    3-Qual seu gênero literário favorito? E qual menos gosta?

    Gosto muito de fantasia apesar de não querer me prender a gênero algum em minha carreira. Gosto do desafio e do conhecimento que a mudança de gêneros literários me traz. Acredito que não tenha um que eu goste menos, por mais que não me sintamuito confortável ao ler e escrever dramas. 


    4-Tem algum autor(a) favorito?

    Minha autora favorita é a Colleen Houck, escritora responsável pela série a maldição do Tigre. Mas também gosto da Carina Rissi, Carolina Munhoz e Raphael Draccon.


    5- Você foi uma criança que gostava de ler? Teve incentivo?

    Sim sempre gostei de ler. Quando criança era muito incentivada a ler histórias em quadrinhos e por esse motivo aprendi a ler muito cedo e me apaixonei também pelas histórias. Nunca deixei de ler ainda agora que tenho que me ocupar com diversos afazeres, sempre encontro um tempinho para atualizar a lista de leituras. 


    6- O que gosta de fazer no seu tempo livre?

    Amo ler, assistir seriados como Gossip Girl, Super Girl, Scream, Stranger Thing e também gosto de passar um tempo com a minha família, meu boy e meu cachorrinho. São as coisas mais importantes para a sobrevivência de um escritor. Assim ele sempre terá novas histórias para contar.


    7- Se pudesse escolher qualquer pessoa para almoçar com você, qual escolheria?

    Com toda certeza escolheria J. K Rowling. Ela é um mito da literatura e seria muito emocionante e gratificante poder encontrá-la e tirar diversas dúvidas sobre sua carreira. 


    8- Para qual lugar você gostaria de viajar?

    Meu sonho é conhecer São Francisco na Califórnia. Um dia ainda irei realizar-lo e atravessarei a ponte Golden Gate de bicicleta, apesar de ainda não saber andar, haha haha. 


    9- O que te inspira? Tem algum horário preferido para escrever?

    Às vezes tudo é capaz de me inspirar; chuva, pessoas, falas, fatos... As vezes é mais difícil. Costumo dizer que inspiração não tem hora e nem lugar. Vem quando quer e vai quando mais precisamos haha.


    10- Tem algum projeto em andamento?

     Estou escrevendo a continuação de Distopia, trabalhando em um conto de terror e também escrevendo um romance. 


    11- Deixe um recado para seus leitores. 

    Em primeiro lugar gostaria de agradecer o espaço no seu blog, agradecer pela entrevista e também a todos os leitores que acompanham meu trabalho e torcem por mim. Vocês são a grande razão por trás da minha persistência e é por vocês que continuarei a deixar que as palavras falem por mim. Obrigada!




    Em uma sociedade governada por militantes, com um sistema incorruptível, as crianças são isoladas no regimento militar aos sete anos de idade e treinadas para serem soldados. Lá, eles aprendem da forma mais cruel a atirar e a matar, perdendo muito cedo a sua inocência. Depois da Grande Guerra, o mundo passou a ser dividido entre governantes e governados e cada um tem as suas dores, suas mágoas e limitações. E o que nos resta saber é: de qual lado você está? Porque no final das contas, não estamos vestidos para lutar... Assim como nunca estaremos vestidos para morrer...






    Uma princesa mal humorada. Um príncipe nada encantado e uma fada para lá de atrapalhada.
    Isso vai terminar em casamento ou em uma grande confusão?
    O sonho da fada Emily sempre foi ser responsável por um “Felizes para Sempre” e ela está disposta a tudo para realizar seu sonho.
    A princesa Cate nunca quis o seu “Felizes para Sempre”, mas não está nada conformada com seu destino.
    Harry não está nem aí para o “Felizes para Sempre”, só quer se livrar da chata da Cate.
    Quando todos precisam trabalhar juntos para restaurar a ordem no mundo das fadas, o que era importante torna-se insignificante e grandes verdades são reveladas. Tudo com muito humor e diversão.




    Não existem heróis, tampouco vilões.
    Por trás de atos raivosos e atrocidades tenebrosas, há sempre uma verdade triste. Ninguém consegue mascarar a maldade que há dentro de si, por muito tempo. Hunter, O caçador de monstros, conta a história de Nicholas Blanco - um adolescente comum, com objetivos comuns e aparência mais comum ainda - que se depara com uma verdade surpreendente sobre seu passado e a confirmação que pode ser e fazer muito mais do que o que sempre imaginou para o seu futuro. Conta também a história de Ramon Blake, um jovem caçador no passado, que teve o amor de sua vida brutalmente arrancado de si e se deixou dominar pela dor e pelo ódio. Essa é uma história sobre caçadores que descobrem ser tão ou mais horríveis que as próprias criaturas que caçam.




    Espero que tenham gostado da entrevista, pois eu adorei! A Kate é muito querida por todos aqui do blog e desejamos que ela tenha muito sucesso :)

    Para quem tem curiosidade a respeito do Hunter, tem resenha dele aqui no blog, então não deixem de dar uma passadinha lá..

    Espero que tenham gostado.
    Um grande abraço e até a próxima.

    Crítica: American Crime Story - The People Vs. OJ Simpson




    American Crime Story é a mais nova antologia criada por Ryan Murphy. Baseada em crimes reais e desenvolvida em conjunto por Scott Alexander, Larry Karaszewski, Nina Jacobson, Brad Simpson e Brad Falchuk.

    Baseada no livro "The Run of His Life: The People v. O.J. Simpson" de Jeffrey Toobin, a primeira temporada retrata de forma inovadora o caso de OJ Simpson, jogador que em 1994 foi acusado do assassinato de sua ex-esposa Nicole Brown Simpson e de seu então namorado, o garçom Ronald Lyle Goldman. O caso foi de enorme repercussão nos Estados Unidos, inclusive chegou a ter julgamento televisionado, além de ser comentado diariamente nos vários programas de TV da época.

    O enredo da série tem um ponto de vista muito interessante. Coloca o expectador em cenas antes só vistas a distância, há varias cenas em que poderiam ser usadas cenas reais de jornais da época, porém esta série faz questão que o expectador tenha uma visão diferente do que já foi mostrado. A história é focada praticamente toda no julgamento, sem favorecer a defesa ou a acusação, visto que a intenção é que o expectador não fosse influenciado a acreditar que OJ era culpado ou inocente, por esse mesmo motivo não há muitas cenas da investigação.

    A série também dá enfoque na vida dos participantes. Há cenas mostrando o dia a dia dos advogados que tiveram suas vidas expostas devido ao caso. Além de muitas cenas da relação de OJ e sua família, e também de seu então amigo Robert Kardashian (sim, o pai das Kardashians está nessa série). Também há algumas cenas da família de Robert, que atualmente é extremamente famosa especialmente pelo reality show "Keeping Up With The Kardashians", nessas cenas é possível notar algumas características da família que são vistas ainda hoje. Apesar de que Khloe Kardashian afirmou em entrevista que nem todas as cenas da série aconteceram de fato, mas que estava muito grata pela maneira que retrataram seu pai.

    Quanto as cenas do julgamento. A veracidade impressiona. Muitas das falas dos personagens são falas reais. E a fidelidade das atuações impressiona.


    Falando em atuações, o elenco desta série é excepcional. Sarah Paulson interpreta a promotora Marcia Clark, e ela se saiu realmente muito bem nesse papel, não é atoa que recebeu uma indicação ao Emmy deste ano, ainda mais sabendo que Paulson gravou esta série ao mesmo tempo que gravava American Horror Story, também criada por Ryan Murphy. Cuba Gooding, Jr. interpreta OJ Simpson, e é muito legal a maneira que ele conduziu o personagem sem que influenciasse a opinião do expectador, inclusive muitas de suas cenas são misturas de takes. Primeiro ele gravava uma cena parecendo culpado, depois gravava esta mesma cena parecendo inocente, e na edição essas gravações eram misturadas. Kenneth Choi interpreta o juiz Lance Ito, entregou uma atuação muito verdadeira, extremamente semelhante ao juiz real. David Schwimmer interpreta Robert Kardashian, também se saiu muito bem nesse papel, ele demonstra ser o único verdadeiramente preocupado com OJ e com as vítimas. Há também Courtney B. Vance como o advogado de defesa Johnnie Cochran, e também fez uma atuação excelente. O elenco ainda conta com vários outros nomes como John Travolta, Selma Blair, Nathan Lane, Bruce Greenwood, Sterling K. Brown, todos impecáveis.


    Outro ponto extremamente positivo nesta série é o design de produção, que também está indicado ao Emmy. A série se passa no auge dos anos 90, e o design é muito fiel a isso. No tribunal as cores variam entre cinza e marrom, que ajudam a recriar o clima da época. As câmeras, os computadores, telefones, tudo é igual era na época. A caracterização dos atores também foi impecável, condizentes com a época e com as pessoas reais.


    Também é interessante notar os temas abordados pela série. Como a questão do sexismo, Marcia Clark foi muitas vezes descriminada no tribunal pelo fato de ser mulher. A série não é necessariamente feminista, mas mostra as injustiças sofridas por Marcia sendo uma mulher. Como por exemplo no momento em que o chefe de Marcia recomenda que ela mude o cabelo, dei e de usar terno para ganhar mais credibilidade no tribunal.

    E por último mas não menos importante, a fotografia da série. Como já disse anteriormente as cores nunca são vibrantes, a luz também não é importante, o que realmente importa aqui é a câmera. Os movimentos de câmera são completamente diferentes da maioria das séries de advogados, enquanto a maioria faz vários cortes de um personagem pro outro, American Crime Story deixa as cenas mais agitadas e dinâmicas fazendo bruscos movimentos, ajudando na tensão das cenas. No começo da série a câmera é mais parada, conforme a situação se agita, a câmera também se torna mais solta, também é feito um bom uso do zoom.

    American Crime Story - The People Vs. OJ Simpson é uma série extremamente bem produzida, recheada de grandes atuações e digna de todos os elogios. Vale muito a pena conferir!


    Gustavo Matheus


    Resenha: E Se...

    Logan Moore tem todos os direitos quando reclama de sua vida. Ele foi baleado em um beco escuro e mandado para um reformatório injustamente. Tudo o que ele quer é cumprir seu tempo naquela mini prisão e, então, sair e viver sua vida normalmente.
    No entanto, Olivia chega para mudar todos os cursos de sua vida, fazendo Logan se apaixonar da pior maneira possível.
    O que Logan não sabia era que o destino lhe dera uma chance de consertar seus erros e os erros das pessoas que ama. Em um segundo, ele se vê preso a uma pergunta insistente: Acreditar ou não acreditar quando seu pai diz que há uma maneira de viajar no tempo e evitar que uma grande tragédia aconteça mais para frente?
    Logan, desacreditado, no entanto, decide enfrentar as barreiras do espaço-tempo e descobre que essa escolha talvez tenha sido a pior de sua vida. Problemas que traumatizam Olivia, mortes e até amizades desfeitas são algumas das causas pelas quais Logan está disposto a arriscar sua vida e... Seu tempo.

    Eu já conhecia a Giovanna por causa do livro Procura-se, eu não tive a oportunidade de o ler, mas tenho amigos que adoraram a historia. Então, eu estava bem animada para saber qual era a historia que me aguardava no E Se..., e logo no inicio tive uma maravilhosa surpresa. Nas primeiras páginas somos presenteados com uma maravilhosa Playlist, que na minha opinião contem ótimas musicas de maravilhosos cantores, então já começamos o livro bem.

    O livro é narrado em primeira pessoa pelo Logan, um garoto que vê a vida virar de cabeça para baixo quando ele é assaltado e baleado em um beco escuro após sair de um show, mas as coisas não param por ai, depois de levar o tiro ele rouba um carro e é mandado para o reformatório, mas o que ele não esperava era encontrar Olivia lá, e que era justamente a menina que o assaltou e fez tudo isso acontecer e nem que iria acabar gostando dela. Tudo acaba piorando quando recebe a noticia que a sua mãe sofreu um acidente de carro, contudo, em uma noite seu pai o aborda e diz que tem a solução para tudo isso e, não é nada mais ou menos do que pilulas que podem viajar no tempo, Mas mexer com viagens no tempo é complicado, você muda uma coisa e outra se modifica, só resta saber o que vai se alterar na vida do Logan e das pessoas que ele ama.

    " Tudo na vida é temporário, Logan, Então se as coisas estiverem bem, aproveite porque elas não vão durar para sempre, e se as coisas estiverem ruim não se desesperem. Uma hora tudo vai voltar ao normal."

    Ao longo da historia três personagens se destacam. Logan e Olivia por serem os protagonista e Ian, um dos personagens que mais me cativou.

    Podemos perceber que apesar de estar no reformatório o Logan é um bom garoto, que se importa com as pessoas que ama, e que é loucamente apaixonado por Olivia. Em alguns momentos ele era um adolescente bem maduro, mas em outros ele era bem imaturo, principalmente no que dizia a respeito a ela.

    Olivia é uma garota doce e que é apaixonada por Logan, mas em vários momentos eu senti como se ela tivesse duvida desse amor. Na maior parte do livro eles ficam brincando de gato e rato e confesso que isso me incomodou um pouco, assim como certas atitudes dela no decorrer do livro.

    Ian é o melhor amigo do Logan, ele é aquele tipo de pessoa que você pode contar para qualquer coisa, e com certeza é um dos meus personagens favoritos, se não o favorito. Ele acaba se envolvendo em uma situação um tanto delicada no decorrer do livro, mas as atitudes deles só fizeram que eu gostasse mais dele.

    Temos alguns personagens secundários que não são tão desenvolvidos, mas que acabam por terem um drama paralelo a historia principal, que é o caso dos pais do Logan.


    " Todo dia alguém se pergunta "e se eu fracassar?", "e se eu não conseguir?"... Estas são as nossas chances, as chances que temos mas não percebemos."

    Eu confesso que esperava muita coisa do E Se..., então acabei indo com muitas expectativas e confesso que isso pode ter atrapalhado um pouco, mas isso não quer dizer que a historia não é incrível e encantadora, pois ela é tudo isso. A Giovanna escreve super bem e eu simplesmente devorei o livro, e confesso que meu coração se apertou com o final, mas mesmo assim enquanto eu lia não pude deixar de lembrar de um filme que tem a mesma temática. Mas mesmo assim o livro não deixa de ter uma perfeita combinação de drama, romance e ficção. E isso nos leva a refletir sobre a mensagem do livro, que é aproveitarmos os momentos e agarrarmos as oportunidades, pois tudo passa. Eu aprendei muito com a historia e com certeza irei levar as lições que aprendi pelo resto da vida.

    A diagramação desse livro é uma das mais bem feitas que já vi, logo no incio temos a Playlist que eu citei anteriormente, e na qual eu estou viciada, e em todo inicio de capitulo temos algum trecho de musica ou seriado, e achei isso bem legal.  As letras estão grandes e bem espaçadas, as página são amarelas e de uma textura deliciosa e, a capa apesar de ser simples é muito bonita.


    Editora: Coerência || Autora: Giovanna Vaccaro || Páginas: 320 || Skoob || Compre aqui




    Resenha: Herdeiros do Trono

    Pedro, Isabel e Eloise estão prestes a realizar seu grande sonho: participar do Torneio de Bravura e ingressarem na Academia de Cavaleiros. Enquanto os amigos se preparam as provas do torneio, Tommy, irmão de Isabel, participa de lutas clandestinas para conseguir o dinheiro necessário para custear as despesas dos três. Mas, um segredo do passado, pode mudar completamente o rumo desses jovens.

    Prepare-se para embarcar em uma aventura épica onde princesas e cavaleiros lutam para salvar o Reino de Petra das mãos de um rei tirânico e de uma rainha envolvida com as forças do mal.




    "Herdeiros do Trono" conta a história de Petra, um mundo medieval moldado pelo Deus Criador, a partir das energias cósmicas do universo, Ele divido em doze reinos, que foram unidos para serem governados por um rei e uma rainha.

    Eloise e Pedro são irmãos, eles sonham em entrar na acadêmia de cavaleiros. Depois de uma pequena confusão envolvendo o irmão, ela precisa encontrar os documentes dele, e para isso tinha que mexer nos pertences de sua mãe, que está viajando, e acaba encontrando uma foto antiga e um diário, que irá trazer várias descobertas sobre sua mãe.

     Eloise é corajosa, doce e sensível, Pedro, tem um dom especial com animais, é inteligente e responsável. Tommy, é apaixonado por Eloise, um amor que não sabia como revelar, assim como seus amigos ele é corajosa, e acabou se tornando meu personagem favorito. Isabel é guerreira, luta para conseguir o que quer e nunca desiste, e também tem uma "queda" por Pedro.

    "Interessante é a vida. Ela nos coloca à prova a todo momento. Ainda que tomemos noventa e nove decisões corretas, se a centésima for equivocada pode colocar todas as outras a perder. Errar é humano, sim. Todo cometemos erros. Acontece que determinados erros podem custar uma vida. Ou duas."

    O prologo do livro deixa a desejar, confesso que não me senti atraído pelo livro e até pensei em deixar a leitura de lado. Contudo, eu me enganei, a história é consistente, bem construída e muito interessante. A história fala sobre a importância de amar, escolhas e sacrifícios. O livro é dividido em três partes que falam sobre a descoberta, a viagem e o treinamento de Eloise, Pedro, Isabel e Tommy.

    Ao ler o livro, conseguimos imaginar todos os lugares, as cenas, pois a autora apresenta detalhes perfeitos. Não há duvidas, "Herdeiros do Trono" consegue nos prender e nos surpreende a cada pagina, com uma narrativa boa, que nos leva a um mundo tão real quanto o nosso, tratando de assuntos que estão presentes no nosso cotidiano, como o Racismo, criação do mundo, sistemas de cotas, política unilateral. O livro contém alguns erros ortográficos, mas não é nada que atrapalhe a leitura.


            Editora: Ases da Literatura || Autora: Elysanna Louzada || Páginas: 353  || Skoob


    Crítica: Get Down









    "Ambientada em Nova York durante o ano de 1977, The Get Down conta a história de como, à beira das ruínas e da falência, a grande metrópole deu origem a um novo movimento musical no Bronx, focado nos jovens negros e de minorias que são marginalizados. Entre a ascenção do hip-hop e os últimos dias da Disco Music, a história se costura ao redor das vidas dos moradores do Bronx e de sua relação com arte, música, dança, latas de spray, política e Manhattan."


    Recentemente, estreou na Netflix a série Stranger Things que rapidamente se tornou um fenômeno, nesta série a excelente ambientação se dá na década de 1980, com foco em pré-adolescentes e que emula algumas emoções da nossa infância, como a fantasia da grande aventura. Pouco tempo depois a Netflix lançou sua nova série exclusiva, Get Down que tem uma excelente ambientação na década de 1970 e que tem em seu núcleo principal adolescentes com seus sonhos, mas ao contrário de Stranger Things não é a fantasia que os cerca e sim uma dura realidade.

    Get Down é uma série dramática com um pouco de musical, ela não é igual a Chicago, Across the Universe ou outro musical conhecido que até o ato de pedir água se torna em um canção com dança. A música que é excelente se faz presente nos momentos certos e não fica cansativa. Os personagens são fictícios, mas o contexto histórico é real, vemos o nascimento do Hip Hop e o movimento da cultura negra em Nova Iorque.







    Mylene Cruz, é filha de um pastor que sonha em virar uma cantora de Disco (moda musical da época), enfrenta na figura do seu pai a primeira barreira para realizar seu sonho. Com uma bela voz e determinação ela vai crescendo ao longo da série, todas suas ações são tomadas com um objetivo em mente, ser cantora.

    Shaolin Fantastic, tratado com uma lenda urbana no primeiro episódio entra para o grupo principal com o sonho de se tornar um DJ. Em busca da perfeição segue os ensinamentos do Grandmaster, o melhor DJ do pedaço. Shaolin precisa conciliar seu sonho com sua realidade, ganhar dinheiro ajudando uma das maiores traficantes da cidade e aprender a ser um verdadeiro DJ. A vida dupla traz ótimos dilemas para a trama. Segundo o Grandmaster, o primeiro passo para o Shaolin se tornar um DJ é arrumar um poeta. O poeta é o responsável por anunciar o DJ, por criar uma rima que complemente a música. Nessa hora entra o protagonista da série.

    Ezekiel “Books”, é o personagem que mais evolui ao longo da história, enquanto os outros protagonistas possuem objetivos definidos ele se mostra indeciso. Apaixonado pela Mylene seus únicos esforços são no sentido de conquista-la. Melhor aluno da escola e com uma grande aptidão musical parece jogar fora todo seu talento. Sua vida começa a mudar quando conhece Shaolin e recebe um convite para ser o poeta do aspirante a DJ.



    O elenco de apoio é muito bem construído. Dizzee, Ra e Boo, são os grandes amigos de Ezekiel e que vão ganhando um espaço maior com o avançar da trama. Papa Francisco é o típico anti-herói, envolvido em processos ilegais, mas que ama e defende seu povo. Uma das características que mais me chamou a atenção nesta série é que seus personagens são tratados com camadas e a cada episódio vamos descobrindo mais um pouco sobre eles.

    O primeiro episódio da série pode causar algum estranhamento, com uma hora e meia de duração ele demora um pouco para fisgar nossa atenção, mas ao final dele já queremos assistir o próximo.

    Get Down foi para mim uma grata surpresa, não esperava muito da série e resolvi dar uma chance confiando no selo de qualidade da Netflix e não me arrependi.

    Alex da Silva