Eu sei que eu estou um pouco atrasada, mas é que eu estou sem computador por tempo indeterminado, então provavelmente algumas coisas vão atrasar. E sem mais delongas, aqui está a entrevista que eu fiz com a Janayna.
1- Se apresente, fale um pouco sobre você.
Meu nome é Janayna, mas todo mundo me conhece por Jana (estou inclusive assinando meus textos como Jana P. Bianchi, hehe). Tenho 26 anos, sou engenheira de alimentos e trabalho com engenharia industrial na Unilever de Valinhos. Nas horas “não-vagas”, por assim dizer, viro escritora – coloco meu pijama e virou outra pessoa, tipo super-herói, sabe? Só publiquei uma novela até o momento, mas estou a meio caminho de um romance que pretendo publicar em 2016.
2- Fale um pouco sobre seu livro.
O Lobo de Rua é uma novela – algo entre um conto e um romance, em termos de extensão – de Fantasia Urbana. Foi lançado em junho de 2015 na versão e-book e, agora, acabei de lançar uma pequena tiragem física, cujos exemplares estou vendendo diretamente pelo Facebook. Lobo de Rua conta a história de um menino de rua de São Paulo que descobre que é um lobisomem. Ele não sabe o que está acontecendo com ele, até que é resgatado e acolhido por um velho imigrante italiano, lobisomem com mais de 140 anos de transformação, que se dispõe a ensiná-lo a como viver na cidade, se abrigar nas noites de lua cheia e evitar os surtos de violência.
3- O que te inspira a escrever?
A resposta é clichê, mas é a mais pura verdade: tudo. Fico o dia inteiro tendo ideias, tanto pros meus projetos em andamento quando para projetos que nem existem ainda. O que as pessoas falam e fazem na rua são inspirações, notícias e curiosidades são inspirações, outros livros, filmes e seriados são inspirações... Agora se a pergunta é algo como “o que te faz ter o desejo e a vontade de escrever”... Nesse caso, acho que já é mais complexo e sentimental, mas a resposta simplificada é que eu amo consumir histórias e sempre tive a vontade profunda de compartilhar com os outros minhas próprias ideias – em geral, histórias que eu mesmo gostaria de ler.
4- Tem algum autor/autora que admire muito?
Vários! Amo o Neil Gaiman pela criatividade dele e pela capacidade de fazer qualquer ideia maluca super interessante. Admiro muito o Patrick Rothfuss pelo poder com as palavras, ele é um bardo. Gosto da Rowling por ela ter criado um universo que apaixonou várias gerações. E também admiro muito o Eric Novello por escrever um novo nível de fantasia brasileira.
5- Que gêneros gosta de ler?
Sou super eclética, mas meu gênero preferido é a fantasia: dentro da fantasia, curto mais as urbanas e as distopias, mas gosto também das altas fantasias. Também leio ficção científica, horror, realismo fantástico, thriller, policial... E curto também não-ficção, como algumas biografias e livros mais técnicos sobre alguns assuntos do meu interesse, tipo tecnologia de alimentos, por exemplo (influências da minha formação, com certeza hehe)...
6- O que gosta de fazer nas horas vagas?
Ultimamente não ando tendo muitas horas vagas... Hehe... Mas se considerar “horas vagas” como as horas em que não estou no meu emprego formal, ocupo quase todo o tempo com a literatura mesmo: ou leio, ou escrevo, ou converso com o pessoal do Clube de Autores de Fantasia sobre seus projetos... Gosto também de desenhar (mas só por hobby mesmo), cozinhar com a minha família...
7- Deixe um recado para os leitores.
Obrigada por terem dedicado esse tempinho para ler um pouco sobre mim e sobre o Lobo de Rua! Ainda quero contar muito mais sobre esse universo, me aguardem! Aproveito o espaço para agradecer a Giovana pelo convite e, também, para dizer duas coisinhas:
1. Se você curte fantasia e quer ver a fantasia nacional crescer e melhorar cada vez mais, avalie, comente, compartilhe e fale sobre as obras que leu e gostou. Não interessa o meio: Amazon, Goodreads, Skoob, mídias sociais... Ainda estamos engatinhando no processo de divulgar e distribuir nossas obras, e nesse ponto a competição com a fantasia gringa é desleal (especialmente para os iniciantes e independentes). Então, o apoio e a opinião de quem já leu nossa obra é parte fundamental do processo de conquista de novos leitores.
2. Se você curte escrever, recomendo que dê uma passada lá no grupo do Facebook do CAF, o Clube de Autores de Fantasia. Engrenei nesse negócio de escrever com afinco depois que conheci um monte de gente interessante através do Clube e vi que nossos anseios, medos e dificuldades eram mais ou menos os mesmos.
Raul é um morador de rua, um menino invisível como tantos outros. Como se sua desgraça não fosse suficiente, o garoto descobre-se portador da licantropia, maldição que o transforma em fera sempre que a lua cheia ocupa o céu. Tito Agnelli é um velho imigrante italiano. Ele não compartilha do abandono de Raul, mas conhece muito bem a sensação de ser rasgado por dentro pela coisa vil e selvagem que se abriga nele.
Compadecido com o sofrimento do recém-transformado, Tito acolhe Raul e reabre a Alcateia de São Paulo, extinta até então por falta de lupinos residentes na Pauliceia. Depois de décadas de contaminação, Tito conhece cada detalhe da maldição com que precisam lidar. E conhece também a Galeria Creta, um lugar em São Paulo onde, na lua cheia, há sempre um abrigo seguro para ele e para outros dos seus.
Livro no Skoob
Espero que tenham gostado!
Um grande abraço e até a próxima.