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  • Entrevista: Emilia Lima

    Olá pessoal, tudo bem?
    Hoje temos entrevista com uma autora que é muito fofa e atenciosa, eu estou falando de ninguém menos, ninguém mais que a Emília Lima, a autora de Alina.





    1-Se apresente, fale um pouco sobre você.
    Sou baiana. Apaixonada por história e quanto mais velha a história melhor. A coisa que mais amo fazer é ler. E comprar livros também. Tenho uma biblioteca imensa. Tenho dois filhos, uma menina e um menino. Adoro viajar e conhecer a cultura de cada lugar que vou. Sou fascinada pela história da Inglaterra, não sei porque. Amo a minha família e os meus amigos. Coisas que gosto muito: mar, dormir, brigadeiro, tomar banho de chuva, assistir filmes e, ultimamente, ando aficionada por séries. Coisas que não gosto de jeito nenhum: que alguém se meta na minha vida; de ver pessoas indefesas serem maltratadas, política.


    2-Fale um pouco sobre o livro.

    Alina... resumir Alina é dizer que foi uma mudança na minha vida. É um livro leve e encantador. Na verdade, Alina, que é a personagem central do livro, tem muitas das minhas qualidades: a independência dela, a paixão com que ela vive a vida, o amor pela família e, principalmente, pelos filhos. Alina também adora ler, e ama o mar. Ela é destemida em tudo que faz e não tem medo de nada e nem de ninguém. É uma personagem cativante e apaixonante. O livro em si me mudou muito, por eu ter colocado muito de minha personalidade na personagem, pude enxergar também meus defeitos. Alina é egoísta em muitos momentos do livro, ela simplesmente vai e faz. Eu sou assim, vou e faço e só depois meço o tamanho do estrago. Quando a personagem fluiu, eu pude me enxergar melhor e tentar mudar meu pior defeito tem sido um trabalho árduo. Mas tem valido muito a pena. Quando um escritor escreve, ele coloca muito de si mesmo no livro ou nos personagens e mergulha dentro de si em busca de detalhes de sua vida. Mas isso não é proposital, simplesmente acontece. Mudanças... Alina me trouxe enormes mudanças. Vontade de querer mudar. Vontade de querer mais. Vontade de querer realizar todos os meus sonhos. De querer ter outra profissão. De investir de verdade no que realmente eu amo fazer. Escrever tem que ser feito com muita paixão. E, resolvi dar continuidade a história da família Cirilo, com uma personagem bem controversa, que será o próximo livro que irei lançar. Surpresas vem por aí!!


    3-Sempre teve incentivo a ler e escrever quando criança?

    Muita iniciativa. Os meus avôs maternos eram leitores ávidos, tinham biblioteca em casa e, como eu passava muito tempo com eles, fui adquirindo o hábito. Com o tempo eles foram vendo que eu gostava e começaram a me dar lindos livros, coleções inteiras, onde meu avô, que era contador, colocava lindas dedicatórias com a letra bem rebuscada. Eles foram meus maiores incentivadores, mas minha mãe e minhas tias também gostavam muito de ler. Quando você cresce com pessoas fascinadas por livros, acaba adquirindo a paixão pela leitura. Quanto a escrever... isso veio de mim mesma e meus maiores incentivadores foram os meus filhos.


    4-Tem algo que te inspira? Um autor?

    Quando a vontade de escrever surgiu, eu vi que muito do que estava sentindo vinha de duas autoras: Jane Austen - por ser bem avançada pra sua época, por ter batalhado muito pra publicar os seus livros, por ter escrito sobre a liberdade das mulheres, pelas suas personagens apaixonantes, que iam lá e faziam acontecer. Só quem lê os livros de Austen, vai entender profundamente o que estou falando. Nunca existirá ninguém como ela. Nunca existirá personagens tão batalhadoras quanto as delas. Talvez venha daí a minha paixão pela Inglaterra. A outra autora que me inspira muito é Isabel Allende, ela é latino americana, ela também coloca sua personalidade nos seus livros ou personagens e ela tem uma história de vida muito interessante e tudo isso me inspira. Ela foi exilada do seu país e lutou muito pra voltar pra lá e foi escrevendo que ela mudou toda a sua vida. Ela é brilhante. Escreve livros maravilhosos, inclusive, em um deles conta a história da vida e morte de sua única filha. Sim,são nessas duas autoras que me inspiro quando sento pra escrever.


    5-Fale como foi publicar o seu primeiro livro, e aproveite e deixe uma dica para os escritores iniciantes.

    Escrevi Alina em 2010 e achei que seria muito fácil publicá-lo. Mas não foi. Então meio que desisti dele por um tempo. Estava escrito, era meu, mas quase ninguém tinha lido. Quando conheci minha editora e ela se interessou pelo livro, pensei que seria uma coisa pequena, mais para mim mesma, apesar de ser o sonho da minha vida. Mandei meu livro para diversas editoras e ele foi aceito em todas, mas junto vinha uma proposta de publicação que eu sempre achava abusiva. Não me recordo agora como tinha Roxane Norris no meu facebook, mas sabia que ela escrevia e um dia pedi o contato da editora, mandei o livro pra lá e gostei da proposta que me enviaram, mas senti medo de investir e não dar certo. Depois vi que eu mesma estava inventando motivos para desistir, então decidi: vou publicar!! E foi só tomar a decisão para as coisas começarem a acontecer: os patrocínios surgiram, veio o convite para o lançamento na Bienal de São Paulo e tudo fluiu muito rapidamente. Alguns autores não publicados me procuram no facebook e me pedem conselhos sobre publicar ou não o livro deles. Na verdade, eu acho que ver seu livro publicado é o sonho de todo escritor e, se é sonho tem que ser vivido. Procurem uma editora pequena e que só trabalhe com autores nacionais, é muito importante o trabalho de divulgação da editora para o reconhecimento do livro. E, nunca, mas nunca mesmo, desista de um sonho!!

    Resenha: A Sociedade




    A Sociedade" conta a história duma atípica república estudantil, a "Sociedade dos Poetas Vivos". Nela residem escritores, sonhadores, amantes e, acima de tudo, humanos. São aqui retratadas personalidades com todas as suas mais íntimas imperfeições, são aqui retratados seres humanos. E qual sentimento é mais humano que o amor? Certamente não lhe ocorrerá qualquer um. Eis que o convido para deliciar-se com as mais genuínas manifestações desse tão deslumbrante quanto controverso sentimento.


    Esse livro me surpreendeu muito, eu primeiramente deve dizer que adorei o filme Sociedade dos poetas mortos. Então fiquei curiosa quanto a esse livro. Eu achava que seria um livro mais leve, acreditei que seria uma leitura despretensiosa. Doce engano, o livro possui uma carga dramática um pouco forte, o que torna a leitura ainda mais interessante. 

    O livro narra a historia de vários jovens que estão prestes a ingressas ou já ingressaram na faculdade, e todos eles tem uma paixão em comum, a escrita. Cada um tem a sua própria historia e suas próprias dificuldades, o livro é dividido em varias partes e cada uma delas narra a historia de um personagem diferente mas que está ligado a todos os outros.

    Começando a historia conhecendo Guilherme, a gente pode dizer que ele é um sadomasoquista, mas não no sentido que vocês estão pensando rsrs. Ele vai atrás de tudo aquilo que ele não pode ter, como o Pedro disse uma vez " Porque você ama sofrer ". Ele mora na república junto com vários outros estudantes, eu me interessei pela historia dele assim como a historia dos outros moradores, pena que nenhuma é aprofundada.

    Depois temos Emílio Lepido, ele é apaixonado pelo Rousseau, ele conheceu Augusto enquanto estava na biblioteca, e logo eles se tornaram melhores amigos. O tempo se passou e Augusto foi estudar em outra cidade, depois tempos mais tarde Lepido acabou indo para a mesma faculdade. Lá ele conhece Pedro, que está querendo forma a republica, mas somente algumas paginas mais tarde Lepido concorda em fazer parte da republica. A partir de então a historia se desenrola e toma vários caminhos, é uma historia surpreendente devo dizer. A historia dele é a que mais gostei.

    Pedro é o fundador da republica, ele é responsável e sempre que pode está cuidando da sua mãe que está doente. Ele formou a republica pois ama escrever, e queria reunir mais pessoas com essa mesma paixão. E no final ele acabou conseguindo, mas conseguiu mais do que uma republica. Pedro é um personagem cativante, e fiquei um tanto quanto decepcionada com o final dele. Eu queria mais, muito mais. O autor bem que poderia fazer uma continuação...

    Além desses temos outros personagens, mas a historia acontece praticamente por causa desses personagens citados a cima. A escrita do livro é formal, e admito que isso atrapalhou a minha leitura e tornou ela um tanto cansativa, pois eu não estou acostumada a livros assim. Porém o autor compensou com uma historia incrível. A historia trata de vários assuntos interessantes, traumas, um jovem sendo responsável cedo demais, a faculdade, escolha do curso, amizades, amores e brigas. A historia é ótima, porém o livro é muito fino, eu acredito que o autor poderia ter desenvolvido mais os personagens e a historia, poderia ter ido além. Eu não me importaria de acompanhar mais um pouco a historia dos nossos bravos poetas. Mas sem duvida é um livro que merece ser lido.


    Editora: Chiado Editora
    Autor: Wilton Bastos
    Nº de Paginas: 112
    Nota: 3/5  

    Livro no Skoob

    Entrevista: Yohana Sanfer




    1- Se apresente, fale um pouco sobre você.

    Tenho 30 anos (mas gostaria de ter 17 novamente), sou taurina, vascaína, formada em Serviço Social e uma apaixonada por palavras! Gosto de outono e de fins de tarde, de sorvete e de música alta. Criei uma livraria virtual há alguns meses e nela promovo novos livros e autores da nossa literatura. Sonho em ter uma casa da árvore e conhecer Paris.


    2-Quando você começou a escrever? O que escrevia? 

    Escrevo desde sempre. Quando eu era criança adorava escrever e distribuir cartinhas entre os familiares. Tinha coleção de papéis de carta. Na adolescência esse gosto se manteve e fiz amizades por correspondência com pessoas de todo o país. Também escrevia diários e adorava fazer redações. Mas foi há aproximadamente cinco anos que comecei a escrever publicamente na antiga rede social Yahoo meme. Lá eu postava frases e depois que criei o blog "Papel, Palavra, Coração", onde comecei a escrever e publicar crônicas. Foi o que deu início a ideia livro.


    3-Fale um pouco sobre o livro.

    O "Da boca pra dentro" nasceu do incentivo dos leitores que me acompanhavam nas redes sociais e no blog. Reuni algumas crônicas publicadas nele e outras inéditas. Coloquei nele algumas poesias também. É um livro que fala de amor, de sonhos, lembranças, amizade, esperança! Já faz um ano que foi lançado e fico muito feliz com o retorno dos leitores. Adoro saber quando alguém se identificou com algum texto do livro ou quando ele ganha alguma resenha.


    4-Sempre teve o incentivo quando criança a ler e depois a escrever?


    Sim, sempre tive incentivo à leitura em casa. A escrita foi mais pessoal mas meus pais contam que desde pequena eu já gostava de rabiscar e cobrir letras nos jornais e revistas que encontrava pela casa. Acho que já era um sinal!rs


    5-Quais gêneros você gosta de ler?


    Leio de tudo um pouco mas meu gênero preferido é a crônica.


    6- Tem algo que te inspira? Ou um autor? 

    A vida me inspira, os sentimentos me inspiram. Gosto de observar as situações que nos surgem no dia-a-dia e poder eternizá-las num texto que faça o leitor pensar, sentir ou simplesmente sorrir junto com ele. Não existe um autor que me inspire mas admiro e adoro ler os textos da Martha Medeiros.


    7-Deixe um recado para quem está querendo publicar o seu primeiro livro.

    O recado é simples: não desista! Acredite no que gosta e no que faz, tenha dedicação e disposição para divulgar seu trabalho, entenda que as coisas não acontecem tão facilmente e siga em frente.Se o caminho inicial parecer difícil, tome outro. Não espere que uma grande editora venha te acolher de cara. Comece você mesmo! Defendo muito a publicação independente e acho que ela pode ser uma boa alternativa para o autor iniciante e a abertura de muitas portas. Quem quiser inclusive entrar em contato comigo para conversar sobre publicação ou qualquer utra coisa nesse sentido, pode me chamar nas redes sociais ou pro e-mail: yosanfer@yahoo.com.br.



    Facebook: https://www.facebook.com/yosanfer
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    Twitter: https://twitter.com/yohanasanfer
    Livraria Virtual: www.sanferlivros.com.br

    Aquele Abraço



    Nem os bons restaurantes, nem as praias brasileiras, as casas de amigos ou um hotel cinco estrelas. A escritora Martha Medeiros define que o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço. Alguém pra discordar? 

    Todo abraço é entrega, afago recíproco do corpo. Um compartilhar de energia, momento de troca, de fusão. Eu também duvido que se encontre algum outro lugar tão capaz de acolher, de dar calor, de confortar, cessar saudades ou preparar o coração para a distância.  

    Já dei e já recebi abraços memoráveis. Abraço que pede desculpas,abraço de celebração, abraços de despedida, daqueles fortes, dos quais não sequer mais largar. Mas nada mais arrebatador do que um abraço de encontro. Aquele abraço em quem se esperou chegar, aquele enlace que tem pressa de acontecer e que de tão urgente, o coração parece querer saltar do corpo pra abraçar primeiro.  

    Hoje mesmo presenciei alguns destes na entrada de um restaurante. Braços hiperativos, vozes orquestradas, peitos unidos e o balanço selando a união dos corpos. Coisa bonita de se ver. 

    Me fez recordar daquele abraço, o inesquecível. Você tem um? 

    Meu abraço inesquecível tem som de recreio e riso de criança. Ele aconteceu há uns dez anos atrás quando, ao chegar à escola em que eu trabalhava, fui recebida calorosamente pelos alunos que brincavam no pátio. Ao me verem entrar, todos – leia-se aqui quase vinte – correram em minha direção, sorrindo e gritando o meu nome em coro.  

    Eu já sabia o que aconteceria em seguida. A avalanche estava dada. Só tive tempo de respirar fundo, abrir os braços até onde conseguisse e me abaixar um pouco.  

    Depois do impacto, todos ao chão. E risos graves espalhados pelo ar. Levantar? Levantar não seria apenas uma afronta,levantar eraimpossível. O que se via era um montinho frenético no qual eu era a base. 

    O abraço coletivo teve fim quando alguém apareceu para saberse eu estava bem. A voz  preocupada da diretora cortara a cena. E como eu não estaria bem? O desconforto de cair no chão fora perdoado pela alegria de caber em tanto carinho.  

    Hoje, concordando com a Martha que não há melhor lugar para se estar do que num abraço que nos baste, penso que em tempos de se fazer check-in nas redes sociais para se mostrar que está indo para a academia, para o barzinho ou para a balada, nosso conforto certo não poderia ser outro do que estarmos envolvidos por quem nos quer bem.  
    "Partiu", abraço?

    Yohana Sanfer

    De onde vêm as histórias?




    A primeira vez que tentei responder essa pergunta, acabei começando outra história. Pois é, complicado. Mas, de forma geral, costumo falar que existem três formas das histórias aparecerem:

    •  Inspiração: essas histórias aparecem quando você vê uma cena, escuta uma música, passa por um lugar, lê um livro, etc, etc. Qualquer coisa vale. Já riram muito de mim quando contei que a primeira inspiração de um livro foi uma conversa de telefone, mas é verdade. Mas de repente você repara em uma cena, andando pela rua, e aquilo te dá uma ideia. Pronto, já tem o começo de uma história. Às vezes vai precisar juntar vários pedaços de inspiração para fazer uma história completa, mas a base é sempre essa. E a Srta. Inspiração também aparece só quando tem vontade. Por exemplo, sabe aquele filme que você já viu tantas vezes que praticamente sabe as falas de cor? Aí um dia, revendo ele pela milésima vez, você olha para uma cena de uma forma diferente, e lá vem aquele estalo de “caaaara, isso daria uma história legal”. A última vez que isso aconteceu comigo foi com uma cena do filme Rock of Ages (me julguem!), em um mash-up de duas músicas que já cansei de ouvir (https://www.youtube.com/watch?v=PLPAB4QqkdQ ). A história ainda está dando voltinhas e mais voltinhas aqui na minha cabeça, um dia desses passo pro papel.

    •   Personagens: você não tem uma história, você tem personagens, amigos imaginários que ficam te contando a história deles e querendo que você passe ela adiante. Às vezes você até tem uma ideia do que quer contar, mas é uma coisa tão por alto, tão “geral”, que não dá para colocar no papel, até que alguém bate na sua porta e solta um “Ok, senta aqui, deixa eu te contar certinho o que aconteceu”. Nessas horas, não adianta querer definir para onde a história vai, qual vai ser o final, nem nada disso. Não adianta. E esses personagens também não costumam te contar a história toda de uma vez não. É uma questão de confiança. Eles começam a falar, e você vai colocando no papel. E, aos poucos, à medida que vão se conhecendo melhor, eles começam a contar seus segredos e a contar o que realmente está por trás de tudo. (E sim, eles costumam ter umas tantas surpresas esperando a hora certa de serem reveladas!)

    •  Cena: e, do nada, você está com aquele momento ali na sua cabeça. Não sabe de onde veio, pra onde vai, quem são as pessoas que estão nele. É começo de história? Meio? Fim? Que lugar é esse? De onde vieram essas pessoas? Pois é. E o pior é que essas cenas soltas costumam aparecer literalmente do nada (a última aqui apareceu quando eu estava em um ensaio geral para um concerto do coral, e é de um bar frequentado por lobisomens. Sim, eu sei que não sou normal). O melhor é passar essas cenas logo para o papel, porque você acaba escrevendo coisas que nem tinha percebido que estavam acontecendo ali. E aí começa a notar os detalhas, a forma como as pessoas interagem, o que elas têm de diferente, o que aquele lugar tem que não é tão certinho quanto parece... E boa sorte para descobrir de onde isso veio/para onde isso vai. Normalmente as histórias que surgem assim costumam ter um momento em que os personagens dão as caras, especialmente se você estiver levando o enredo para uma direção que eles não concordam.



    E, antes que alguém me pergunte se tomei o remédio hoje, ou quando foi a última visita no psiquiatra: eu nunca falei que era normal! hahaha


    Autora: Thais Lopes



    Entrevista: Marcela Campbell

    Olá pessoa, tudo bem?
    Hoje nós temos uma entrevista maravilhosa que eu fiz com  autora de Aprendendo em Seis, a Marcela Campbell.




    1-Se apresente, fale um pouco sobre você.

    Meu nome é Marcela Campbell, tenho vinte anos, sou estudante de psicologia da PUC-Rio e eu amo o que faço. Bom, eu sou pisciana e realmente acredito em signos, leio meu horóscopo quase todos os dias e, acreditem ou não, me sinto mil vezes mais confiante.

    Sou fascinada por séries, livros e filmes. Acho que meus espaços favoritos são livrarias, bibliotecas e, lógico, o cinema. Eu sempre sei os filmes que estão em cartaz e se não tiver nenhum de meu interesse passando, eu vou ao cinema mesmo assim. Não me incomodo de ir sozinha, tem vezes que até prefiro, mas isso não quer dizer que eu não ame estar com alguém.

    Não me considero extrovertida, mas também não me considero tímida. Creio que existem momentos. Momentos em que sou obrigada a me inserir e outros que não me sinto tão à vontade. Mas eu sei de uma coisa, eu posso falar muito se quiser. De verdade, eu posso ser uma típica tagarela.

    Na maioria das vezes, tenho uma mentalidade de doze anos, mas também tenho uma de trinta e uma de vinte, que raramente uso. Eu sou uma bobona, de verdade. Rio de qualquer coisa e gargalho muito alto, a ponto de bater palmas e chorar de rir. Sem contar que sou viciada em várias coisas e eu trago todos os meus vícios para a vida real, por exemplo, se me apaixono por um casal de filme, livro ou série, pode ter certeza que vou fazer quase um triangulo amoroso com eles. Fico torcendo, chorando, gritando, passando mal e quase tendo um ataque de asma. Hahahaha.

    Acho que tudo isso acontece porque me considero “intensa”, eu amo demais e me irrito demais. Mas eu gosto de sentir, me faz me sentir mais humana. Acho.

    Enfim... Vou parar de falar de mim, acho que já deu para me apresentar bastante!

    Só esqueci de dizer o mais importante e o motivo pelo qual estou aqui, eu escrevi “Aprendendo em Seis”, livro publicado pela editora Schoba. Hahahha.


    2-Fale sobre o seu livro, que tema ele apresenta?

    Aprendendo em Seis é o meu primeiro livro. É um xodó. Hahahaa. Ele é tem vários gêneros: um sick-lit, um drama, uma comédia, um romance. Acredito que seja mais um romance.

    O livro narra à história de seis personagens, Lílian, Isabela, Sadie, Noah, Arthur e Lucas. Eles estudam em um dos melhores colégios do Rio de Janeiro , cada um tendo seu grupo na escola e que por isso não se falam. Mas, os seis aprontam e são obrigados a participarem da ação social e ali se veem obrigados a fazer algo que nunca passou pela cabeça deles: conviverem.

    E a história vai narrando essa convivência, vai mostrando a vida dos personagens e a influência que cada um tem na vida do outro. Aprendendo em Seis aborda essa temática da vida pessoal e escolar de muitos adolescentes, fala sobre o bullying, mas prezando os sentimentos daqueles que o sofrem. Também fala sobre o culto ao físico, a compulsão alimentar, a competitividade, a dificuldade de ser aceito pela sociedade e por si mesmo. Além disso, levanta questões acerca de preconceitos, rótulos e problemas familiares.

    Acredito que seja um livro que o jovem se identifique em alguma questão e que os adultos se lembrem de como é complicado ser adolescente.

    3-Como foi escrevê-lo?

    Escrever Aprendendo em Seis foi um grande momento. Uma grande experiência. Foi uma superação minha, porque a cada página eu me irritava mais com o que escrevia. Como sou perfeccionista, era super comum escrever cada capítulo, pelo menos, três vezes. Lembro-me de que quando cheguei ao capítulo onze, me irritei e apaguei tudo e recomecei do zero. Por isso que acho que foi uma superação, porque eu consegui terminar. Tinha momentos em que surtava e queria desistir, mas então, suspirava, descansava e voltava a escrever. E no final, eu senti que valeu a pena, mesmo com todo o estresse que me causei, valeu muito a pena. Eu estou orgulhosa e contente. Até realizada, ouso a dizer.

    4-Sempre teve incentivo quando criança a ler?

    Sim. Desde pequena que sou louca por livros. Eu era apaixonada por quadrinhos, e tinha um amor louco pelo Sítio do Pica-Pau Amarelo, a Emília sempre fez parte de mim. Hahaha. E acho que nunca perdi esse meu gosto, porque até hoje, se vejo um livro do Sítio tenho vontade de comprar. E, conforme fui crescendo meus gostos literários foram aumentando e quando dei por mim, já lia bastante. Não sou do tipo que conta quantos livros lê em um mês ou ano, o tempo que demora a ler. Eu simplesmente leio. E acho que isso já é muito mais que o suficiente para mim.

    5-Quais gêneros você gosta de ler?


    Essa questão de gênero é mega complicada. Mas eu gosto muito de romances históricos e de chick-lit, Sophie Kinsella é a minha rainha. Hahaha. Por mais que já saiba o final de todos os livros dela só lendo a sinopse, de tão bem que a conheço, não me canso de lê-la nunca. Sou apaixonada por seus livros. O mesmo acontece com a Meg Cabot, porém, agora estou mais para o seu lado Patrícia que seu lado Meg.

    Normalmente, leio de tudo. Apesar de ter alguns escritores “favoritos”. Eu tenho desde poesias até literatura infantil na minha estante. Acredito que tudo isso está muito com o meu humor. Agora estou em uma vibe clássicos. Estou lendo muitos contos de fadas, lendo Peter Pan, Alice, Mary Poppins, Júlio Verne, O corcunda de Notre Dame. Sinceramente, eu nunca me canso desse gênero. Acho que até hoje, foi o único que eu nunca pedi um tempo no relacionamento antes de voltar a ler.

    6-Tem algo que te inspira?

    Acredito que sim. Acredito que existem duas coisas que me inspiram muito: o clássico “ouvir música”, sou daquelas que cria uma história e cenas para cada música que ouve, também observar, acho que observar o mundo a minha volta me enche de inspiração.

    7 - Deixe um recado para quem está querendo escrever um livro.
    Escrever requer muito investimento. De tudo que você puder imaginar, de tempo, de dinheiro, e óbvio, seu. Eu, quando escrevo, invisto muito de mim, ou seja, gasto minhas energias no meu trabalho, quero que ele seja do jeito que imagino. Não aconselho que seja perfeccionista que nem eu, porque isso atrapalha muito. Mas, o meu recado é: acredite no que você escreve.

    Resenha: Alina

    Olá pessoal, tudo bem?
    Hoje tem resenha de um livro histórico muito lindo, na verdade o meu primeiro livro histórico.




     Alina é uma obra de ficção, ambientada na Bahia no final do Séc. XVI e conta a história da família Cirilo, proveniente de Portugal com o intuito de ajudar na colonização do Brasil-colônia. O livro conta a história da vida da família Cirilo e principalmente de Alina Cirilo, personagem principal do livro e do amor dela por Pedro Garcia, um grande amor, mas um amor proibido. Alina é uma personagem de personalidade forte e muito determinada. Alguns acontecimentos mudam drasticamente o rumo da sua vida e mesmo assim ela consegue levar tudo adiante, com toda a coragem que uma moça de sua idade e de sua posição social pode ter. Este livro fala sobre amor, família e as renúncias que às vezes temos que fazer em benefício das pessoas que mais amamos. E, também, de que quando um amor é verdadeiro, ele acontece, mesmo que achemos que o tempo desse amor já passou.

    O livro narra a historia da família Cirilo, mas principalmente Alina uma jovem muito batalhadora, que teve como seu grande amor Pedro Garcia. Ambos se conheceram quando Pedro tinha 24 e ela apenas 12 anos, mas um sentimento arrebatador começou a tomar conta deles. Porém esse amor é proibido, Pedro é casado e tem dois filhos e Alina ainda é muito jovem e não quer desonrar a sua família. Porém aos seus 17 anos ela confessou seu amor a Pedro, e o mesmo correspondia, então se entregaram ao amor ardente que sentiam, Alina disposta a não estragar a família de Pedro pede a seu pai para morar com a sua tia em Portugal. Mas um acontecimento a faz ficar no Brasil e se esconder de todos, o que aconteceu?

    Alina é uma jovem doce, simples, batalhadora, decidida e muito caridosa. Para ela família é a coisa mais importante que existe, extremamente apegada a seu pai é a caçula e a querida da família. Afinal não é para menos, ela se importa com todos, com os negros que trabalham na fazenda e até aqueles que estão de passagem nos navios negreiros. Junto com seu irmão e Pedro ela luta por uma vida melhor para todos, uma vida digna. Apesar de ser extremamente caridosa, ela não é boba, muito inteligente devo dizer, quando certos acontecimentos se desenvolvem ela sabe contornar eles muito bem. 
    Pedro é o grande amor  de Alina, ele corresponde a esse amor, porém ele tem uma família para cuidar e teria que pensar muito antes de tomar alguma decisão. Mas quando o amor nos pega, ele não solta mais, mas coisas acontecem e diversos obstáculos são colocados no caminho do nosso casal, serão eles capazes de superar em nome do amor? 

    O livro é extremamente gostoso de ler, as cenas se desenvolvem super bem e os personagens são cativantes. Apesar de ser um livro histórico, ele não se foca no tempo, mas sim na historia da família e de certa formar como o pais se desenvolveu. Podemos perceber que alguns personagens são desenvolvidos bem, mas outros eu senti uma certa falta da presença, apesar de estar ciente que o livro iria se focar na Alina. Mas não tenho do que reclamar do livro, acho que tudo se encaixou perfeitamente. Eu recomendo esse livro para quem está querendo começar e ler livros históricos, a narrativa é super fluida, foi o livro perfeito para min começar a ler esse gênero. 

    Além de ser um livro maravilhoso a capa é extremamente linda, eu simplesmente amei a capa, e quando eu folheei as paginas, me apaixonei ainda mais, os detalhes do livro são magníficos, as imagens em cada novo capitulo é lindo.


    Editora: Sollo Editorial
    Autora: Emilia Lima
    Nº de Paginas:123
    Nota: 4/5


    Livro no Skoob



    Espero que tenham gostado.
    Um grande abraço e até a próxima.